Memórias da Índia

Ettore Sottsass, tal como nós, voltou da Índia já com saudades.
Passaram 100 anos desde que nasceu e 10 desde que nos deixou saudades.
As suas criações continuam a ser hoje, como foram à época, novas, se considerarmos o panorama ditado pela cultura material de massas.
As suas formas de The Indian Memory (1987) remetem para a sua experiência sensorial da Índia, que transformou a sua maneira de fazer design, com uma apropriação de modos ritualizados de percepcionar o objecto de uso.
Continuam a ser radicais e a reclamar uma nova relação com os objectos, mais livre e mais sensível, a partir da experiência do que é moderno para cada um.
Passados 30 anos continuam a fazer sentido e a ser um manifesto.
Que viva Sottsass.
(imagens: da colecção The Indian Memory (1987) de Ettore Sottsass para a Alessio Sarri Ceramiche, de novo, passados 30 anos, na Galleria Antonia Jannone)
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Ettore Sottsass, just like us, returned from India already with nostalgia for it.
It’s been 100 years since he was born and 10 years since we miss him.
His creations remain today, as they were at the time, new, if we consider the panorama dictated by the material culture of the masses.
His Indian Memory’s (1987) forms refer to his sensory experience of India, which transformed his way of designing, with an appropriation of ritualized ways of perceiving the object of use.
It continues to be radical and to claim a new relationship with the objects, freer and more sensitive, from the experience of what modern is for each one.
After 30 years they continue to make sense and to be a manifesto.
Long live Sottsass.
(photos: from the collection The Indian Memory (1987) by Ettore Sottsass for Alessio Sarri Ceramiche, again, after 30 years, at Galleria Antonia Jannone)